Após o Governo Federal reduzir em mais 10% a alíquota de Imposto de Importação da Tarifa Externa Comum (TEC) sobre o arroz, entre outros produtos, entidades do Rio Grande do Sul se manifestaram contra a medida. A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e o Sindicato da Indústria de Arroz de Pelotas (Sindapel) emitiram nota conjunta nesta quarta-feira (25) registrando “estranhamento, surpresa e absoluto descontentamento com a decisão adotada”.
O comunicado questiona a justificativa do governo federal para a medida. Conforme o Ministério da Economia, a redução busca aliviar as consequências econômicas da pandemia de Covid-19 e da guerra na Ucrânia, principalmente a alta no custo de vida e o aumento de custo das empresas que consomem esses insumos.
“Todavia, o arroz não vem se revelando produto apto a contribuir com o aumento do processo inflacionário que vem corroendo o poder de compra do consumidor brasileiro, sendo, inclusive, produto da cadeia alimentar que vem demonstrando deflação nos últimos meses”, afirmam as entidades.
Elas ainda alegam que a medida pode “desestimular a cadeia produtiva do arroz no Estado do Rio Grande do Sul, além de potencializar, a médio prazo, o aumento do custo ao consumidor, face à diminuição da oferta nacional e a dependência de importação do cereal para abastecimento interno”.