Agronegócio

Fenatrigo debate Pecuária Leiteira em fórum

Realizado nesta quarta-feira (04/10), durante a Fenatrigo, em Cruz Alta, o Fórum da Produção Pecuária: produção de leite no Rio Grande do Sul, cenário, perspectivas e caminhos reuniu especialistas e produtores rurais para discutir avanços na cadeia produtiva do leite.

Realizado nesta quarta-feira (04/10), durante a Fenatrigo, em Cruz Alta, o Fórum da Produção Pecuária: produção de leite no Rio Grande do Sul, cenário, perspectivas e caminhos reuniu especialistas e produtores rurais para discutir avanços na cadeia produtiva do leite. O evento foi promovido pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR) e Cooperativa Central Gaúcha (CCGL), com apoio da Universidade de Cruz Alta, Smart Coop e RTC Rede Técnica Cooperativa.

O que se sabe, a partir das informações transmitidas durante o Fórum, é que investimentos por parte do Governo e da iniciativa privada do setor produtivo têm garantido oferta de Crédito Rural, estradas e energia elétrica no campo. Contudo, quase a metade dos 33.019 produtores de leite do Rio Grande do Sul se queixa do preço pago pela indústria, da falta de mão de obra, do elevado custo de produção e da falta de sucessores na atividade.

Um dos palestrantes do Fórum, o assistente técnico estadual de Leite da Emater/RS-Ascar, zootecnista Jaime Ries, apresentou um estudo realizado neste ano no Estado. O estudo aponta mudanças no sistema de produção, com famílias migrando do sistema de pastagem com suplementação para os sistemas de semiconfinamento e confinamento, com preferência para galpões do tipo free stall e Compost Barn. A automação da ordenha teve início em 2019, chegando em 2023 com 0,35% dos produtores utilizando robôs, e 0,05%, o sistema de ordenha carrossel. A ordenha manual praticamente desapareceu das propriedades rurais, estando presente em 0,49% delas.

Quanto à tecnologia para produzir leite, os produtores seguem dando preferência à pastagem anual de inverno e de verão, com crescente interesse pelos volumosos de verão, inseminação artificial, pastoreio rotativo, pastagem perene de verão, ração conforme a produção de leite, controle leiteiro e irrigação de pastagens.

Em resumo, a produção de leite no Rio Grande do Sul tem se mantido relativamente estável, na faixa dos 4 bilhões de litros/ano, oscilando sensivelmente para baixo. Até agosto deste ano, a produção gaúcha de leite era de 3,8 bilhões de litros. O número de famílias na atividade, que em 2015 era 84.199, caiu 60,78%, restando atuais 33.019 famílias. O rebanho de vacas leiteiras encolheu 34,47%, todavia houve aumento da produtividade. Em 2015, uma vaca produzia, em média, 11,76 litros/dia. Atualmente, a produção média de uma vaca é de 16,34 litros/dia, resultado de investimentos em genética, tecnologia e manejo.

O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor nacional de leite, com destaque para as regiões Fronteira Oeste e Vale do Taquari e, ainda, Médio Alto Uruguai, Noroeste Colonial e Celeiro.

Em Cruz Alta, segundo a extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Larissa dos Reis, 52 famílias produzem anualmente 10.590.475 litros.


Fonte: Emater
Foto: Diógenes Riguer