Frango

Gripe aviária: entidades de Santa Catarina protestam contra suspensão do Japão para exportação de frango

Na segunda-feira (17), o Japão anunciou a suspensão das compras de carne de frango proveniente de Santa Catarina.

A decisão foi tomada após registro de casos de gripe aviária em quatro aves de subsistência. Os animais eram mantidos em fundo de quintal, no município de Maracajá, localizado no sul do estado.


Na propriedade, além das aves contaminadas, foram identificadas galinhas de angola, patos, marrecos e codornas. Com isso, para evitar a propagação da doença, um total de 177 aves foram sacrificadas conforme as diretrizes estabelecidas pela legislação vigente.

Suspensão de exportação vai contra protocolos da OMSA


A decisão das autoridades japonesas vai contra os protocolos estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A OMSA sugere a suspensão do comércio apenas em casos registrados em produção comercial.


Segundo o Código de Saúde de Animais Terrestres da OMSA, os países-membros não devem interromper o comércio quando ocorrerem notificações de gripe aviária que não envolvam aves de produção industrial.


Diante disso, o Ministério da Agricultura brasileiro questionou as autoridades japonesas sobre a suspensão, argumentando que a ocorrência da gripe aviária em aves de subsistência não afeta o status do Brasil como um país livre da doença.

Organizações brasileiras protestam


Em nota publicada nesta terça-feira (18), a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne-SC), protestaram contra o ocorrido e reiteraram o comprometimento brasileiro com os protocolos de biossegurança.

Em um trecho do documento, as organizações mencionam que “A decisão ocorreu após registro de foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em ave de fundo de quintal, situação que, conforme recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), não altera o status do Brasil como livre de Influenza Aviária”.

Além disso, o documento ainda afirmou que o Brasil não possui registro da Influenza Aviária na produção industrial.

“Cabe lembrar que o Brasil não possui qualquer registro de IAAP na produção industrial – esta é a única situação que poderia gerar alteração no status brasileiro.”

Leia a nota completa na íntegra aqui.