No Sul do Brasil, apesar do afastamento de uma frente fria, a convergência dos ventos e a alta pressão vinda com este sistema, continuará enviando bastante umidade para os estados sulistas. Principalmente no litoral de Santa Catarina e no Paraná, onde fica o alerta para chuva mais frequente e com potencial para forte intensidade, acumulando volumes consideráveis.
Na quinta-feira (19), sol com pouca nebulosidade na região de Uruguaiana. Por outro lado, a chuva pode cair a qualquer hora na região de Rio Grande. Nas demais áreas gaúchas, inclusive na Grande Porto Alegre, o sol aparece e as nuvens aumentam, com previsão de chuva que pode vir com raios, a partir da tarde. O calor continua pelo estado.
Segunda quinzena de janeiro
As instabilidades devem ser mais concentradas na faixa norte até o dia 21 de janeiro. Mas, entre os dias 22 e 24 de janeiro, a passagem de uma frente fria, mais um corredor de umidade, uma baixa pressão atmosférica entre o Paraguai e o oeste da Região Sul e áreas de instabilidades ajudam a intensificar e espalhar os temporais por todo o Rio Grande do Sul. Com previsão de vendavais e acumulados pontualmente elevados, além de queda de granizo e alagamentos.
Atenção para as temperaturas que ainda seguem elevadas em todo o estado gaúcho, em especial do centro ao oeste do estado, com risco de onda de calor. Sendo as maiores temperaturas registradas entre 17 e 19 de janeiro, pelo oeste gaúcho. Com calorão previsto até o dia 25 de janeiro.
Calor histórico
2022 foi o sexto ano mais quente desde 1880, com 0,86°C acima da sua média (que é 13,9°C). Sendo que o maior valor ainda segue os 0,99°C acima da média em 2016. Vale salientar que entre os 10 anos mais quentes da sua história, 9 anos ocorreram só entre 2014 e 2022, de acordo com os dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).
Apesar de 2022 ser um ano do fenômeno La Niña, como ocorreu em 2021, esses dois anos ficaram entre os 5 mais quentes no globo terrestre desde 1880. A temperatura ficou acima da média anual sobre a Europa, a Ásia e o norte e o sudoeste do Oceano Pacífico.
Além disso, de maneira geral, em 2022 o hemisfério sul foi o sétimo mais quente, com uma média de 0,61°C acima da sua média do século XX.
América do Sul
A América do Sul registrou na média 0,89°C acima da sua média, sendo o décimo ano mais quente desde seus registros, em 1990. Além de ser o 46° ano consecutivo com temperaturas acima da média.
Desde 2012 a América do Sul registrou nove entre os 10 anos mais quentes da sua história. E os meses de janeiro e julho de 2022 ficaram perto do recorde mensal. Sendo o mês de julho o mais quente, com 1,66°C acima da média, enquanto maio ficou apenas com 0,27°C acima da média.
Durante janeiro de 2022 houve uma forte onda de calor na Argentina, sendo a terceira onda de calor no país, durante seu verão. De acordo com o Serviço Meteorológico Nacional da Argentina, foram 21 dias seguidos de temperaturas extremas, a começar por 06 de janeiro. Houve mais de 75 novos recordes de temperaturas máximas e mínimas. Em Buenos Aires registrou no dia 15 de janeiro de 2022 uma temperatura mínima mais alta desde seus registros em 1906, com 30°C.
Já no Uruguai, em 14 de janeiro de 2022, a temperatura máxima chegou aos 44°C, igualando com o recorde de maior máxima para janeiro, em 1943.
Fonte: ClimaTempo e Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).