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Hortifrúti: preços do setor devem ser mais atrativos ao consumidor em 2023

No front externo, as exportações brasileiras de frutas frescas atingiram recordes em 2021, tanto em volume quanto em receita.

Ao longo de 2022, o consumidor brasileiro se deparou com um persistente e significativo aumento nos preços dos alimentos, o que, por sua vez, foi resultado sobretudo dos altos custos de produção no campo. Para 2023, a perspectiva é de queda nos custos de produção, cenário que, atrelado a maiores investimentos de alguns hortifrútis, pode resultar em preços mais atrativos ao consumidor. Os dados são do Anuário 2022/23 da revista Hortifruti Brasil do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.

No front externo, as exportações brasileiras de frutas frescas atingiram recordes em 2021, tanto em volume quanto em receita, favorecidas pelos avanços comerciais e produtivos do setor. Porém, para 2022, o resultado final dos embarques, apesar de ser muito otimista, não sustentará o recorde obtido no ano anterior.

Os principais motivos para o menor desempenho em 2022 são problemas logísticos (falta de contêineres e aumento do valor do frete, tanto marítimo quanto aéreo), o alto custo de produção (reforçado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, que impulsionou os valores dos insumos, sobretudo de fertilizantes, estreitando as margens dos exportadores) e a queda na produção de algumas frutas em 2022, devido ao clima desfavorável.

Área de cultivo em 2023

O levantamento mostra recuperação nos investimentos do grupo de frutas e hortaliças em 2023, influenciada pelo aumento na área de mamão e melancia, que são as culturas que mais reduziram os investimentos nos últimos anos. Para as outras frutas, a estimativa inicial é de estabilidade.

Quanto às hortaliças, o aumento na área deverá ser concentrado na produção industrial de batata e tomate. Além disso, deve haver recuperação da área de cebola. Para alface e cenoura, os investimentos devem se manter estáveis em 2023.

Fonte: Cepea