Com o fim do vazio sanitário, encerrado nesta segunda-feira (10), o Rio Grande do Sul abriu oficialmente o plantio da soja hoje (11), em Júlio de Castilhos. A soja é o principal grão produzido no estado, representando cerca de 20% do PIB gaúcho. Na última safra, foi uma das culturas mais afetadas pela estiagem, resultando em uma produção de apenas 9,3 milhões de toneladas, quebra de cerca de 50%.
Já nesta safra, a estimativa inicial da Emater/RS-Ascar indica que a produção de soja pode alcançar 20,5 milhões de toneladas. Esse resultado, em parte, é devido ao aumento da área, que deve avançar 2,83% e alcançar 6,5 milhões de hectares.
A expectativa do setor, mesmo com as previsões de La Niña, são positivas. Além disso, se espera uma recuperação econômica para produtores e para o estado, especialmente considerando os custos de produção elevados. “O produtor que antecipou as compras de insumos vai ter um custo de produção mais alto, por isso temos que ter uma produtividade boa e manter os preços das cotações da soja como estão agora para cobrir os custos da lavoura”, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) do Rio Grande do Sul, Carlos Fauth. “Eu acredito que neste ano toda a safra brasileira de grãos vai passar de 300 milhões de toneladas e de que a soja deve chegar aos 50 milhões. Nós vamos continuar sendo os maiores produtores de soja do mundo”, destaca.
Na abertura do plantio, o governador Ranolfo Vieira Júnior, destacou o papel do estado no cenário nacional. “Esta nova safra traz uma boa expectativa, e deveremos seguir como o segundo estado produtor de soja do país, só atrás de Mato Grosso”, disse o governador Ranolfo Vieira Júnior.
“O complexo da soja, que gera 1/5 da riqueza do nosso Estado e é muito importante para o Brasil. Espero que tenhamos uma grande safra e uma boa sorte em relação ao clima”, afirmou o secretário secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Domingos Velho Lopes.
Importância
A soja é cultivada em todas as regiões do Estado, mas apresenta maior concentração no Norte e no Noroeste. Além disso, é a principal pauta das exportações do agronegócio gaúcho, representando mais da metade dos embarques no ano passado, com mais de 15 milhões de toneladas, movimentando US$ 7,81 bilhões.
Com informações da Seapdr