As perspectivas climáticas e de mercado para a 1ª Safra do Ciclo 2022/2023 foram apresentadas em uma live realizada na terça (20) pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Uma das principais preocupações para a próxima safra é com as questões climáticas, de acordo com assessor técnico da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Tiago Pereira. “Nos últimos anos, as adversidades climáticas vêm castigando o produtor brasileiro. Na safra 2021/22, tivemos perdas expressivas que atingiram principalmente as culturas de soja, milho e café. Mas mesmo com as perdas no Sul, o aumento do potencial produtivo da maior parte do Brasil amenizou os impactos”, destacou Pereira.
Há uma alta probabilidade de permanência do fenômeno do La Niña durante a primavera e no início do próximo ano. “Nos meses de outubro, novembro e dezembro a probabilidade de permanência do La Niña é de 82%, com aumento da neutralidade no início de 2023”, disse o meteorologista e consultor climático, Francisco de Assis Diniz.
De acordo com o meteorologista, nos próximos três meses (outubro, novembro e dezembro), há estimativa de chuvas expressivas na parte centro/norte do Brasil e de chover menos na região Sul do país, principalmente no Rio Grande Sul e parte de Santa Catariana. “O Paraná ficará numa área intermediária. Somente em janeiro teremos melhores condições de chuvas na região Sul”, ressaltou Diniz.
O mercado está monitorando o fenômeno do La Niña e as variações climáticas, mas há uma estimativa de recorde na produção de soja no ciclo de 2022/2023. “Para o milho também temos a estimada da recuperação da produtividade, mas com queda da área plantada”, avalia a especialista em Inteligência de Mercado da StoneX, Ana Luiza Lodi.
Fonte: CNA