O mês de maio fechou com uma inflação de 2,69% nos custos de produção do agronegócio gaúcho na comparação com o mesmo período de 2021, conforme aponta o Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP). Os maiores aumentos foram nos agroquímicos, principalmente herbicida e inseticida, conforme a Farsul, responsável pelo levantamento divulgado nesta terça-feira (28). Também foi identificada elevação nos fertilizantes.
O IICP acumulado no ano chegou aos dois dígitos em maio, com alta de 10,39% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 12 meses o acumulado é de 44,67%. A Assessoria Econômica da Farsul destaca que 2021 também foi um ano de alta, o que faz a elevação deste ano ocorrer em cima de uma base já inflacionada.
Já o Índice de Inflação dos Preços Recebidos (IIPR) voltou a ter alta, com 2,13% em maio na comparação com abril. Os maiores aumentos foram observados no trigo em um movimento sazonal por ser período de plantio, e na soja, refletindo a retomada da alta da taxa cambial no último mês. No acumulado em 12 meses, o IIPR registrou alta de 7,13%. Apesar do resultado positivo, os custos vêm crescendo de forma mais acelerada que preços, estreitando a mas margens de lucro dos produtores.
O relatório também aponta que o crescimento do IIPR está abaixo do IPCA Alimentos, indicando que os preços aos consumidores estão em uma elevação mais acentuada do que os valores recebidos pelos produtores. E mesmo em um momento de inflação geral de preços no país, os produtos que compõem a cesta de custos de produção estão em um movimento de alta mais acelerado que a média da economia (IPCA).
Fonte: Farsul