Capim-braquiária (Brachiaria decumbens), Capim-colonião (Panicum maximum) e Capim colchão (Digitaria horizontalis) são alguns exemplos de plantas daninhas de folhas estreitas e largas que se proliferam nos canaviais brasileiros. Segundo Caio Antonio Carbonari, professor do Departamento de Proteção de Plantas da Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP, com a safra ainda em fase inicial, a mato-competição pode acarretar perdas significativas na rentabilidade do cultivo. “Quanto maior o tempo de convivência, maior será o impacto causado, principalmente nos primeiros 90 dias do ciclo do canavial”, ressalta.
Para impedir a propagação dessas invasoras e evitar danos econômicos, o produtor pode adotar algumas medidas. “Conhecer o histórico de ocorrência de plantas daninhas é a premissa básica antes de aplicar qualquer solução na cana-de-açúcar. É necessário identificar quais espécies estão presentes, o tipo de solo, qual o melhor posicionamento e, assim, a melhor tecnologia de aplicação para que o controle seja eficaz” reforça Carbonari. “ Na região Centro-Sul canavieira, por exemplo, que tem diferentes dispersões do clima, é importante combater as plantas infestantes, às vezes já instaladas, e ao mesmo tempo manejar o banco de sementes para que os ciclos de reinfestações e os danos às lavouras sejam reduzidos”, conclui.
A recomendação do especialista é o escalonamento da utilização de herbicidas ao longo da safra. “Entre maio e setembro, temos um longo período de estiagem no centro-sul canavieiro. Mesmo nesta época, ou seja, no período que é mais conhecido como soca seca, é importante fazer o controle de plantas daninhas nos canaviais para ter uma melhor gestão dos tratos culturais herbicidas ao longo de todo o ciclo”, explica. O recomendado é aplicação de defensivos agrícolas pré-emergentes com controle prolongado. “Isso significa que o produto pode permanecer no solo, em média, de 120 a 180 dias, o que é essencial para o controle da mato-competição”, reforça Caio.
O uso de ativos herbicidas com controle prolongado, na estação seca, também leva a não acumulação de áreas para a aplicação no período chuvoso, a redução da necessidade de reaplicações (repasses) e a otimização de pessoal e de maquinários, conforme a Bayer.
Desde 2019, a empresa tem no seu portfólio o Provence Total®, um herbicida com diferentes mecanismos de ação, o que permite o controle tanto de plantas daninhas de folhas largas, quanto de folhas estreitas e pode ser aplicado em cana soca seca, semisseca e semi-úmida. Isso é possível por causa da presença de dois princípios ativos — Alion® (Indaziflam) e Provence® (Isoxaflutole) — que dão versatilidade ao defensivo agrícola.
Fonte: Divulgação