Na maior parte das regiões, as pastagens anuais de inverno já foram implantadas e estão com bom desenvolvimento, mesmo com a ocorrência de dias com baixa insolação. As adubações em cobertura estão sendo utilizadas com muito critério a fim de evitar perdas, principalmente devido à elevação dos preços dos insumos. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (19) pelas gerências de Planejamento e Comunicação da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).
Apesar da menor qualidade nutricional, as pastagens nativas ainda apresentam capacidade de suporte ao pastejo dos animais, em especial nas propriedades que reduziram a lotação ou que diferiram potreiros para permitir o acúmulo de forragem para o final do outono.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, em municípios onde os produtores fizeram o plantio tardio das lavouras de soja, as áreas foram recentemente liberadas para dar início ao plantio de pastagens de inverno. Na regional de Caxias do Sul, nos dias em que o solo ficou encharcado, muitos produtores optaram por cortar e oferecer o pasto diretamente nos cochos para evitar a compactação pelo pisoteio e o arrancamento das forragens.
Na regional de Passo Fundo, as áreas de pastagens perenes de verão e os campos nativos têm sido utilizados como área de descanso dos animais e como fonte de fibras complementar às pastagens em fase inicial de pastoreio. Na regional de Pelotas, restevas de arroz ainda permanecem como opção estratégica para forrageio neste período, porém, com a tendência de frio para as próximas semanas, sua capacidade de suporte tende a diminuir.