A partir de amanhã (10), o preço médio de venda de diesel da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,51 para R$ 4,91 por litro, aumento de 8,7%. Com a elevação, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 4,06, em média, para R$ 4,42 a cada litro vendido na bomba, variação de R$ 0,36 por litro. O valor considera a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel. A gasolina e o GLP tiveram seus preços mantidos.
A estatal afirma que o aumento segue os ajustes de outros fornecedores de combustíveis no Brasil, acompanhando os preços de mercado. O último aumento de preços da Petrobrás foi há 60 dias, em 11 de março. “Naquele momento, refletia apenas parte da elevação observada nos preços de mercado. Esta decisão observou tanto o desalinhamento nos preços quanto a elevada volatilidade no mercado”, afirma a estatal em comunicado divulgado hoje (09).
A nota ainda diz que há redução da oferta frente à demanda globalmente, com estoques globais reduzidos. “Esse desequilíbrio resultou na elevação dos preços de diesel no mundo inteiro, com a valorização deste combustível muito acima da valorização do petróleo. A diferença entre o preço do diesel e o preço do petróleo nunca esteve tão alta”, alega a Petrobras.
Abastecimento
As refinarias da estatal estão operando próximo do seu nível máximo, com o fator de utilização em 93% no início de maio. No entanto, o refino nacional não tem capacidade para atender toda a demanda do país, segundo a Petrobras. Dessa forma, cerca de 30% do consumo brasileiro de diesel é atendido por outros refinadores ou importadores.
“Isso significa que o equilíbrio de preços com o mercado é condição necessária para o adequado suprimento de toda a demanda, de forma natural, por muitos fornecedores que asseguram o abastecimento adequado”, informa a estatal.,
O comunicado ainda lembra que o preço ao consumidor também envolve as parcelas da mistura obrigatória de biodiesel, custos e margens de distribuição e revenda, e tributos que, no caso do diesel, atualmente limitam-se ao ICMS, imposto estadual, uma vez que os tributos federais PIS e COFINS tiveram suas alíquotas zeradas até 31 de dezembro.