No pagamento realizado em abril, que remunera a produção entregue em março, o preço do leite pago ao produtor subiu novamente no comparativo mensal. Desta vez as altas foram gerais nos 18 estados monitorados pela Scot Consultoria, em função do cenário de queda na captação.
Considerando a média nacional ponderada a alta foi de 2,4% na comparação mensal. Contudo, na comparação anual a referência está 13,8% maior este ano. Veja na figura 1, a evolução do preço do leite ao produtor.
Figura 1. Cotação média nacional ponderada do leite ao produtor – em R$/litro, sem o frete, valores nominais.
Fonte: Scot Consultoria
O cenário foi de queda na captação de leite em março, na comparação mensal. O alto custo de produção, as chuvas abaixo da normal climatológica em algumas regiões e a falta de pastagem refletiram na produção nacional.
Os dados parciais de abril também indicam recuo na captação nacional. Entretanto, os preços subiram em praticamente todos os estados, com exceção de Alagoas, onde houve queda de 0,29%, e de Rondônia, Pará, Bahia, Pernambuco e Maranhão, onde ficaram estáveis.
Para o pagamento a ser realizado em maio/22, referente à produção entregue em abril/22, a tendência é de alta nos preços do leite pago ao produtor. Dessa forma, com 51% dos laticínios pesquisados apontando para a alta, 47% estimando estabilidade e 3% falando em queda.
O clima mais seco nos estados do Centro-Sul colabora com o viés de alta, além da maior competição entre as indústrias pela matéria-prima.
Fonte: Scot Consultoria