Pecuária

Uso de inseticidas para enfezamento do milho cresce no Paraná e órgãos monitoram praga

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), em parceria com o Ministério da Agricultura, monitora uma das pragas que provocam grandes perdas na cultura do milho: o enfezamento. O objetivo é compreender melhor o avanço da doença no Estado e fornecer mais informações para que a pesquisa possa orientar os produtores rurais quanto ao manejo correto do problema fitossanitário, reduzindo assim o uso de inseticidas para o controle do inseto vetor, a cigarrinha Dalbulus maidis.

A Adapar, por meio do Sistema de Monitoramento do Comércio e Uso de Agrotóxicos do Estado do Paraná (Siagro), acompanha o uso de agrotóxicos ao longo do desenvolvimento da cultura nos últimos anos e considera alarmantes os números quando se trata de inseticidas utilizados para o manejo da cigarrinha do milho. O crescimento é vertiginoso, tanto no que se refere ao volume total consumido no Estado, bem como as dosagens.

Monitoramento

O trabalho conta com uma primeira etapa que consiste no levantamento da ocorrência do vetor do enfezamento, e uma segunda, que é a coleta das folhas do milho. Os materiais serão analisados em laboratório visando identificar a presença ou não dos complexos dos enfezamentos, além de viroses associadas à cultura.

A cultura do milho tem importância econômica para o Paraná, representando 14,8% da produção nacional na atual safra – 2021/22. A área cultivada em primeira e segunda safra está próxima a 3 milhões de hectares. O milho ainda representa o segundo produto vegetal em Valor Bruto de Produção no Estado, destacando-se como um importante item na pauta de exportações, com vendas externas de U$$ 183,16 milhões.

Porém, os desafios têm sido diversos nos últimos anos. Um deles é a estiagem, que prejudicou o desenvolvimento da primeira safra da cultura, semeada nos meses de setembro e outubro de 2021. Já a atual, chamada de segunda safra, que é a maior em área plantada e produção, tem contado com condições climáticas mais favoráveis ao desenvolvimento. Entretanto, o ataque das pragas, em especial a cigarrinha, pode se tornar um fator limitante para a quantidade e a qualidade da produção dessa cultura.

Fonte: Seab