A colheita da safra catarinense de pinhão começou neste mês com expectativas positivas. Um aumento de 25% na produção é esperado em relação a 2021, com estimativa de colher mais de 6 mil toneladas, conforme a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina.
Neste começo de safra, o preço pago ao produtor está por volta de R$4,50 o quilo. Segundo César Oliveira de Arruda, extensionista rural da Epagri em Painel, a demanda está maior do que a capacidade colheita, fator que pode elevar o preço nas próximas semanas, mas que tende a se estabilizar entre final de abril e a primeira quinzena de maio, quando a oferta será maior.
Painel, que é o maior produtor do Estado, estima colher entre mil a 1,5 mil toneladas, bem mais que as 800 toneladas colhidas em 2021. “O município produz mais que isso, mas não consegue colher tudo porque falta mão de obra. A atividade é familiar e a coleta fica a cargo dos jovens, pois é necessário para subir nas árvores para retirar a pinha”, afirma o César.
Ao mesmo tempo, ele explica que o fato de os produtores de pinhão serem os proprietários das terras tem um lado positivo: eles conhecem as araucárias e portanto sabem identificar o ponto de maturação das pinhas, permitindo que a colheita ocorra na data certa e garantindo um pinhão maduro, com sabor diferenciado, e consequentemente, mais valorizado.
O extensionista relata que a colheita deve durar cerca de três meses e meio, garantindo um bom volume. “Nossos produtores vão trabalhar de forma intensiva para colher o máximo que podem”, diz. O extrativismo do pinhão representa importante fonte de renda para muitas famílias do Planalto Serrano.
Os municípios maiores produtores de pinhão do Estado estão no Planalto Sul Catarinense. A colheita em Santa Catarina iniciou no dia 1° de abril atendendo uma lei criada em 2011 com o intuito de preservar a espécie.
Fonte: Epagri