Desafios do Arroz

Perdas na safra de arroz gaúcha estão estimadas em 7%

A redução na produção da safra de arroz no Rio Grande do Sul está estimada em 7%, conforme o Instituto Rio Grandense do Arroz. Os cultivos foram afetados pela falta de chuvas e pelo calor excessivo. Desta forma, a produção deve totalizar 7,92 milhões de toneladas. A produtividade média no Estado está em 8.489 quilos por hectare.

A colheita já alcança 71% da área total semeada de 957.185 ha. A regional mais adiantada continua sendo a Fronteira Oeste, com 78,65% (223.884 ha). Logo após vem a Planície Costeira Externa, com 78,57% (84.083 ha). E a Campanha registra 71,04% (97.319 ha). A Planície Costeira Interna está com 68,23% (94.470), a Zona Sul com 64,88% (105.013) e a região Central com 58,38% (74.855 ha) colhidos.

Três regionais já ultrapassam os 70% da colheita | Imagem: Irga

Conab

Em relação ao ano passado, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a safra brasileira 2021/22 de arroz será 10,5% menor, sendo projetada em 10,5 milhões de toneladas. A cultura também apresenta redução da produtividade em 7,6% e da área em 3,2%. As informações constam na sétima estimativa da safra de grãos 2021/22, divulgada nesta quinta-feira (7).

Para o Rio Grande do Sul, é esperada uma diminuição de 11,1% na produção em comparação com a safra passada, totalizando 7.360,5 mil toneladas. A análise da Conab ressalta que as “lavouras apresentam redução no potencial produtivo e na qualidade dos grãos devido aos danos ocasionados pelas altas temperaturas diurnas e noturnas ocorridas no estágio reprodutivo das lavouras, além da escassez hídrica, que levaram ao aumento da respiração das plantas, redução da fotossíntese líquida e, consequentemente, queda na produtividade dos grãos”.

O uso de irrigação intermitente também aumentou a competitividade das plantas invasoras, reduzindo a produtividade e aumentando os custos de produção.

Apesar disso, a situação é considerada menos grave na região Sul do estado, onde a produtividade deve se aproximar do normal. “As chuvas ocorridas em março foram importantes para repor a umidade do solo, amenizar a temperatura e recompor os níveis dos reservatórios, mas ainda insuficientes para atingir os níveis normais”, aponta a Conab.

Com informações do Irga e Conab