A colheita da soja avançou para 14% dos cultivos no Rio Grande do Sul. A estimativa de produtividade é de 1.460 kg/ha, representando decréscimo de 55% da expectativa inicial de produção em uma média estadual. Há duas semanas, essa projeção estava em 52%. Além disso, 34% dos cultivos estão em maturação, 44% em enchimento de grãos, 7% em floração e resta apenas 1% ainda em germinação e desenvolvimento vegetativo, conforme o Informativo Conjuntural, produzido e divulgado nesta quinta-feira (24), pelas gerências de Planejamento e Comunicação da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr),
O documento ainda relata aumento na incidência de lagartas desfolhadoras e, em menor proporção, percevejos, principalmente em lavouras de maior massa verde. “Produtores prosseguiram com a realização de monitoramento e controle, visando mitigar os impactos econômicos. Também foram realizadas pulverizações preventivas com fungicidas, em municípios próximos a focos de ferrugem asiática, divulgados no monitoramento estadual. Alguns produtores estão recorrendo ao serviço de aplicação de inseticidas e fungicidas com drones para evitar danos pelo amassamento das plantas em lavouras que possuem plantas de porte mais elevado”, diz o Informativo.
Entre 07 e 14 de março, o Programa Monitora Ferrugem RS constatou esporos na maioria dos coletores distribuídos no território gaúcho, com destaque para as regiões da Fronteira Oeste e Leste do Estado.
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Regionais
Nas regiões Oeste e Norte do Estado, a produtividade permanece muito baixa e houve crescimento das solicitações de cobertura de seguros privados e Proagro.
A colheita está mais lenta na regional de Erechim, com 7% dos cultivos colhidos. O rendimento das cultivares precoces varia de 900 a 1.800 kg/ha.
Já em Frederico Westphalen, a colheita alcança 12%. “Nessas regiões, as chuvas em março interromperam o cenário de estiagem e favoreceram o desenvolvimento das lavouras implantadas em sucessão ao milho ou de outras culturas”, informa a Emater.
A regional Passo Fundo está com a colheita mais adiantada, com 15% da área colhida, 40% em maturação fisiológica e 45% em enchimento de grãos.
Por outro lado, a colheita evoluiu pouco em Soledade e ainda não alcança 2%, em variedades super-precoces e precoces. “A produtividade é variável, entre 600 kg/ha a 2.700 kg/ha, em lavouras que receberam maiores volumes de chuvas e com melhor manejo de fertilidade dos solos, localizadas no Vale do Rio Pardo. Algumas lavouras apresentam alta infestação de plantas invasoras, como buva e papuã, que não foram controladas devido ao baixo teor de umidade nos solos na época adequada”, relata o Informativo.
Com informações da Emater/RS-Ascar
