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22º Expodireto Cotrijal atinge cerca de R$ 4,9 bilhões em negócios

Durante a coletiva, Manica também confirmou a data da 23º Expodireto, programada para os dias 6 a 10 de março de 2023.

Texto: Bruna Scheifler e Larissa Schäfer/Destaque Rural

A 22° Expodireto Cotrijal chega ao fim com cerca de 263 mil visitantes. Máquinas, insumos e outras atrações levaram um público 3% maior ao de 2020 à exposição, realizada desde 07 de março em Não-Me-Toque. Os dados preliminares foram apresentados pela cooperativa nesta tarde (11) e são considerados positivos pelo presidente, Nei César Manica, que reafirmou que esta é a “exposição da retomada”.

Os negócios totais da feira somaram cerca de 4,9 bilhões este ano, um crescimento de 87% em relação à edição de 2020, a última antes da pandemia. De acordo com dados oficiais dos bancos, foram comercializados aproximadamente R$ 4,3 bilhões, o que representa uma alta de mais de 74% frente aos R$ 2,5 bilhões feitos em 2020. Enquanto os valores de recursos próprios atingiram 510 mil. O Pavilhão da Agricultura Familiar movimentou R$ 1,7 milhão, com um avanço de 45%.

Apesar da inflação e do aumento dos preços, especialmente de máquinas, Manica relata também aumento no número de vendas. “Isso é a força do agro, é a força da Expodireto, é a força das entidades”, aponta o presidente da Cotrijal.

Durante a coletiva, a 23º Expodireto foi confirmada. Ela está programada para a semana de 6 a 10 de março de 2023.

Expectativa

Tendo em vista os números apresentados, a avaliação é de que a feira animou o setor, que é afetado severamente pela estiagem no Sul do Brasil. “O produtor chegou na Expodireto ansioso, preocupado com os problemas da propriedade e saiu daqui super motivado”, avalia Manica.

Rui Soder levou o filho para conhecer as máquinas no último dia de evento | Foto: Bruna Scheifler/Destaque Rural

Entre os produtores, no entanto, o sentimento de frustração ainda é forte. Rui Soder, de Lagoa dos Três Cantos, esteve em dois dias na feira, mas apenas para visitar e passear. “Vai ser uma dificuldade grande para passar este ano sem o recurso, porque a gente depende do grão e de 50% a 60% de quebra da soja já é praticamente certo, então fica difícil fazer negócio. Viemos mais para olhar e ver se consegue negociar alguma coisa no próximo ano”, relata o agricultor.

Os dados oficiais deste ano devem ser divulgados pela cooperativa na segunda-feira (14).

Correção: O valor negociado pelos bancos aumentou 74%, não 65%, conforme informado anteriormente.