A expectativa de diminuição da produtividade da soja no Rio Grande do Sul segue em 45%, em relação à projeção inicial. Apesar disso, as chuvas do último final de semana foram positivas, já que ocorreram entre as fases de maior importância para definição da produtividade, conforme o Informativo Conjuntural, produzido e divulgado nesta quinta-feira (10) pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seadpr).
Ao todo, 75% da área está em estádios reprodutivos. Além disso, 42% da área cultivada está em floração, 35% em enchimento de grãos, 3% em maturação e 20% ainda está em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo. Uma pequena parcela, ainda sem expressão estatística, foi colhida.
“O porte predominante das lavouras varia de baixo a médio, com fechamento apenas parcial das entrelinhas. Nas cultivares com hábito de crescimento indeterminado percebeu-se aumento no porte, mesmo após o início do período de floração. Após as precipitações, em lavouras de melhor potencial foram realizadas adubações foliares com cálcio, boro e substâncias orgânicas, visando minimizar os efeitos da falta de umidade e temperaturas elevadas e estimular o crescimento e maior fixação de flores” relata a Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar no Informativo.
Prejuízos mais expressivos são observados nas lavouras situadas em áreas de solos arenosos, profundidade reduzida ou com topografia mais acidentada. Elas apresentam amarelamento e queda de folhas, sobretudo nas cultivares de ciclo precoce que estão em plena fase de enchimento dos grãos e maturação.
Na regional de Erechim, as lavouras apresentam porte reduzido e baixa carga de produção. Ainda assim, as que foram semeadas mais tarde ainda apresentam potencial satisfatório de produtividade.
O porte das plantas foi intensificado na regional de Soledade, onde foi registrada uma segunda semana com chuvas. “Contudo, parte significativa das lavouras são com cultivares mais precoces com potencial produtivo prejudicado”, ressalta a Emater. O período anterior muito seco prejudicou o controle em pós-emergência de plantas invasoras e parte dos cultivos apresentam infestação, principalmente de buva.
Ferrugem asiática
Nas lavouras em fase reprodutiva do estado foram realizadas pulverizações de fungicidas. “O monitoramento indica risco médio a alto de ocorrência de ferrugem asiática em todo Estado, com exceção de pequenas áreas localizadas no Oeste do Estado”, destaca o Informativo.
O monitoramento da doença na semana de 24 a 31 de janeiro observou um aumento no número de esporos da ferrugem asiática da soja coletados nas regiões norte, noroeste e central do Rio Grande do Sul. “A detecção de esporos é um indicativo da presença do patógeno no ambiente, e nestes locais recomenda-se aos técnicos e aos produtores observância das condições climáticas para o manejo da ferrugem”, destaca o Informativo.
Mercado
A cotação média da saca de soja subiu 3,30% em relação à semana anterior, passando de R$ 184,72 para R$ 190,81, conforme o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no estado. O produto disponível em Cruz Alta apresentou elevação de 3,12%, cotado a R$ 198,00.
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Com informações da Emater/RS-Ascar