Agronegócio

Alegrete soma 20 mil/ha de campo nativo atingidos pelas queimadas

As pastagens cultivadas estão praticamente perdidas, com raras exceções nas localidades contempladas com algum volume de chuva.

As chuvas proporcionaram umidade no solo para que as pastagens nativas e cultivadas pudessem rebrotar, mas ainda não de forma suficiente para suportem o pastejo. De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido e divulgado nesta quinta-feira (10/02) pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seadpr).

As pastagens cultivadas estão praticamente perdidas, com raras exceções nas localidades contempladas com algum volume de chuva e nas áreas de várzeas, ofertando pouco volume de forragem para os rebanhos.

A irrigação de pastagens está sendo avaliada com uma alternativa de investimento importante para combater os efeitos da estiagem. Pois, nos locais com irrigação, o consorcio de pastagens anuais e perenes de verão tem apresentado bons resultados.

Dessa forma, uma alternativa nas regiões que estão enfrentando a estiagem, é antecipar o plantio de centeio forrageiro em final de fevereiro se houver umidade no solo; com o objetivo de obter antecipadamente forragem de inverno.

Regionais

Em Alegrete, já são contabilizados 20 mil hectares de campo nativo atingidos pelas queimadas em inúmeras localidades; situação que permanece crítica devido a previsão de chuvas abaixo da média ao longo do mês de fevereiro. Também ocorreram episódios de fogo em pastagens nativas em Itacurubi e São Borja.

Na regional de Santa Rosa, as chuvas permitiram a retomada do plantio de pastagens de verão, como capim sudão e milheto. Entretanto, essas áreas de pastagens dependem da continuidade de chuvas semanais e somente irão oferecer forragem para pastoreio dentro de 20 dias. Na região das Missões, onde os solos são mais rasos e onde as condições de seca são mais críticas, não há rebrote do campo nativo.

Com as precipitações, as pastagens estão conseguindo se recuperar na regional de Pelotas, proporcionando melhores volumes; principalmente aos animais em produção, além de reduzir a oferta da silagem e da ração. Na regional de Caxias do Sul, as pastagens tiveram bom desenvolvimento nesta semana em função da umidade que tivemos no solo. O desenvolvimento das plantas só não foi maior em função da reduzida área foliar, consequência de sobre pastejo pelas vacas. O mesmo ocorreu na regional de Porto Alegre, com as pastagens estão voltando a normalidade com bom desenvolvimento e oferta de matéria verde aos animais.

Na regional de Ijuí, os produtores voltaram a semear forrageiras anuais de verão e pequenas áreas antecipação das forrageiras anuais de inverno que apresentam desenvolvimento com clima mais quente (centeio e aveia branca). O milho para silagem com leve retomada no desenvolvimento.

Na de Santa Maria, nas lavouras de milho destinadas para silagem as perdas chegam entre 70 e 80% do esperado; considerando assim perdas de volume e de qualidade da forragem obtida.