O Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária publicou nesta segunda-feira (7), no Diário Oficial da União, o registro de 25 defensivos agrícolas formulados. Esses produtos estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Desses, cinco são considerados de baixo impacto ou de base biológica e um de ingrediente ativo novo.
O produto inédito é feito à base do ingrediente ativo Impirfluxam. Trata-se de um fungicida recentemente aprovado no Brasil e que poderá ser utilizado para o controle da ferrugem asiática da soja.
Além desse, outros dois produtos com o ingrediente ativo Dibrometo de Diquate em sua composição foram registrados, aumentando para 19 as alternativas desse herbicida, considerado o substituto do Paraquat. “Esses dois produtos chegam bem na hora que os sojicultores enfrentam uma escassez do herbicida no mercado nacional, justo quando se preparam para a ‘dessecação’ da soja para a colheita”, destaca o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, André Felipe Peralta.
Dos produtos de baixo impacto registrados, quatro foram aprovados para uso na agricultura orgânica. O Chrysoperla externa, efetivo contra mosca-branca e pulgões; o Telenomus podisi, parasitoide de ovos do percevejo-marrom da soja; o Orius insidiosus, predador da praga Tripes Frankliniella schultzei; e o Azadirachta indica (óleo de nim), para o controle do fungo conhecido como ‘oídio’ e para a mosca-branca.
O outro produto de baixo impacto é composto por microrganismo à base de Bacillus velezensis, dessa vez em associação com Bacillus subtilis para o controle do temido mofo-branco causado por Sclerotinia sclerotiorum.
“Os produtos de baixo impacto são importantes para a agricultura não apenas pelos aspectos toxicológico e ambiental, mas também por beneficiar as culturas de suporte fitossanitário insuficiente, uma vez que esses produtos são aprovados por pragas-alvo e podem ser recomendados em qualquer cultura”, ressalta Peralta.
Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. “O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração de mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira”, afirma o Mapa.
Conforme o Ministério, todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.
Fonte: Mapa