Os modelos climáticos europeu e americano mostram uma tendência de poucas chuvas em grande parte do Brasil. “Na comparação dia-a-dia não mostra tantas chuvas sobre a faixa central do país, apenas aquelas pancadas de final de tarde e noite, porque se tem muita umidade na atmosfera o que provoca essas chuvas”, informa o agrometereologista da Rural Clima, Marco Antônio dos Santos.
Já sul da América do Sul, apesar dos mapas mostrarem algumas chuvas sobre a Argentina, o restante do Sul ainda com pouquíssimas chuvas. “Uruguai, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Paraguai sem nada de chuvas”, alerta.
Hoje (3), são previstas apenas eventuais pancadas de chuvas no Mato Grosso do Sul e algumas áreas de instabilidades se formando também no Paraná. Então, na madrugada de sexta-feira (4), começam a aparecer algumas áreas de instabilidades sobre a Argentina, Uruguai e no Paraná. E abre-se um pouco mais o tempo na região central do Brasil.
Frente fria
Os corredores de umidade associados a frente fria, localizada próxima ao litoral do Uruguai, provocam chuvas para o sul do Brasil. “Na sexta e sábado (5), as chuvas se concentram no sul do Brasil, incluindo Mato Grosso do Sul e São Paulo. Todavia, o extremo sul do Rio Grande do Sul, a região da fronteira oeste, ainda com poucas chuvas. Essa frente perde forças ainda no sábado”, explica o agrometereologista.
No entanto, um novo sistema já se forma sobre o Paraguai durante a manhã de sábado, e leva chuvas para a metade oeste do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, no sudoeste do Paraná, e na metade sul do Paraguai. E abre-se um pouco o tempo na faixa central.
2ª semana de fevereiro
Todavia, no começo da próxima semana, entre segunda (7) e terça-feira (8), essas áreas de instabilidades ganham forças com a passagem da frente fria sobra a região sudeste, “provocando, novamente, pequenas invernadas sobre toda essa faixa centro-norte do Brasil, e abre-se novamente o tempo no Sul”, ressalta.
Portanto, são previstos cerca de 10 dias com muita chuva na região centro-norte do país, e no sul as chuvas voltam apenas no final da semana. Estão previstas chuvas mais regulares no sul, isso porque, “o fato do Oceano Atlântico estar mais quente, puxa um pouco a umidade para o sul, e traz mais chuvas para a região; apesar de ser aquém do que deveria ser, e com isso as quebras serão bastante significativas no Rio Grande do Sul”, frisa Santos.
Por fim, a La Niña segue perdendo forças, já que, de acordo com os mapas meteorológicos, as regiões 1+2 e 3+4 vem gradualmente se aquecendo.
Texto: Larissa Schäfer