Janeiro vem agravando a situação de perdas na agropecuária gaúcha. O primeiro mês do ano registra ondas de calor e poucas chuvas. Com isso, as lavouras de soja já acumulam perdas médias de 48,7%, sendo que algumas regiões registram perdas superiores a 70%. No início do mês de janeiro, as perdas médias eram estimadas em 24%. Os dados foram divulgados hoje (25) pela Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), por meio da Rede Técnica Cooperativa (RTC).
Além disso, cerca de 6,5% das lavouras ainda não foram estabelecidas, isto é, não há emergência de plantas. A falta de umidade no solo também resulta em cerca de 3,5% de áreas que ainda não foram sequer semeadas. Estima-se que cerca de 220 mil hectares ainda não foram semeados e que cerca de 410 mil hectares ainda não estão com a cultura estabelecida, considerando as projeções de área de cultivo estabelecidas pela CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) para a safra 2021/2022 no RS.
“A produtividade média atual projetada na área de atuação das cooperativas em virtude da estiagem está na casa dos 31 sacos/ha. A projeção inicial era colher uma média de 60,2 sacos/ha”. Os números apontados pela RTC/CGGL revelam que a safra de soja gaúcha já pode acumular uma quebra de 10,5 milhões de toneladas. A sequência de dias com altas temperaturas e sem chuva podem conduzir a prejuízos ainda maiores”, alerta o gerente de pesquisa da CCGL, Geomar Corassa.
O levantamento contempla dados coletados até o dia 22 de janeiro de 2022 junto a 23 cooperativas ligadas à RTC, as quais representam mais de 50% da área de soja do Estado do Rio Grande do Sul.
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Com informações da RTC