Agronegócio

Plantio da soja avança no RS e alcança 80% das lavouras

A retomada da umidade dos solos favoreceu o plantio da soja que já alcança 80% no Rio Grande do Sul. O total das áreas plantadas estão em germinação e desenvolvimento vegetativo. Em relação ao milho, o plantio chega a 88% e a colheita do trigo alcança 98% das lavouras. Por fim, o plantio do arroz está quase concluído, em 95%. Os dados são do Informativo Conjuntural, produzido e divulgado nesta quinta-feira (02) pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

O período de 22 a 28/11 se caracterizou pelo predomínio de temperaturas elevadas e tempo seco, com precipitações de duração e intensidade variada no Estado. O acumulado de chuvas registradas nas últimas semanas, somado com as do final de novembro, ajudaram nas práticas culturais. Além disso, elas favoreceram os cultivos em floração e enchimento de grãos do milho.

Milho

Já inicia a maturação das lavouras semeadas no cedo do RS. O plantio chega a 88% da área total estimada no Estado, estando 47% em germinação e desenvolvimento vegetativo, 26% em floração, 26% em enchimento de grãos e 1% já em maturação. Em regionais como a de Erechim, as chuvas não foram suficientes para solucionar o déficit hídrico que vem prejudicando o desenvolvimento. No entanto, elas amenizaram a falta de umidade no solo, proporcionando retomada da turgescência das plantas.

Trigo

A colheita do trigo avançou para 98% das lavouras, ou seja, 1,09 milhão de hectares. Em geral, o balanço dessa safra é positivo no Estado, com boa produtividade e qualidade do produto, além da boa remuneração. Os 2% restantes estão em fase de maturação.

Nas regionais de Passo Fundo e Erechim a colheita já está finalizada. As produtividades médias ficaram em 3.500 e 3.300 por hectare, respectivamente.

Pastagens

A ocorrência de chuvas favoreceu o rebrote e o crescimento das pastagens em implantação e em estabelecimento. As espécies de verão, tanto as perenes (tífton e jiggs), como as anuais (capim sudão e milheto), aumentaram a oferta de pasto após as chuvas, uma vez que vinham apresentando dificuldade de se desenvolver devido à falta de umidade no solo, somada às altas temperaturas e radiação solar.

Na maior parte das regiões, mesmo com as chuvas, o rebrote do azevém é quase nulo. Os campos nativos vêm aumentando gradativamente sua oferta de forragem, já proporcionando condições de pastejo. Os produtores aproveitaram o retorno da umidade no solo para fazer a adubação nitrogenada em cobertura, visando acelerar o rebrote e o crescimento das forrageiras.

Olerícolas

Nos próximos dias devem ser realizadas as últimas pulverizações de fungicidas nas lavouras de cebola, com colheita prevista para a segunda quinzena de dezembro. As de coentro estão entrando na fase de maturação, a colheita deve se iniciar a partir desta sexta-feira (03). A expectativa de rendimento é de 1.500 quilos por hectare, considerada muito boa, porém o receio é de que haja redução de preços, maior quebra no beneficiamento e resultados inferiores nos testes de germinação, situações que ocorrem frequentemente em safras com grande produção.

Frutícolas

Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, segue colheita do melão; lavouras apresentam diminuição da incidência de míldio. Iniciou a colheita da melancia no município de Ijuí, que possui a maior área cultivada da região. Frutos com bom calibre e sabor bem adocicado. Cultura do pêssego se encaminha para a final da colheita, com baixa incidência de mosca-das-frutas. Cultivares de morango de dias neutros continuam com boa produtividade e as cultivares de dias curtos com diminuição da produção.

Apicultura

As condições do tempo vêm favorecendo a atividade apícola, com boa movimentação dos enxames, que aproveitam as floradas de primavera para coleta de néctar. As temperaturas mais altas e a retomada da umidade no solo favorecem o desenvolvimento da flora campestre, aumentando a disponibilidade de do pasto apícola.
Entre as atividades realizadas pelos apicultores, estão as roçadas nos apiários e acessos, transferência de enxames capturados das caixas iscas para caixas definitivas, monitoramento de pragas e predadores principalmente formigas, retiradas de traças, instalação de caixas iscas, monitoramento do espaço nas caixas e instalação de melgueiras.

Fonte: Emater/RS-Ascar