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Fenômeno La Niña termina após três anos, mas mudança no clima deve ser gradual




Após três anos influenciando as temperaturas e o regime de chuvas, o fenômeno La Niña chegou ao fim. A informação foi confirmada pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) e divulgada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) nesta quinta-feira (9). A expectativa é de que o Oceano Pacífico permaneça em neutralidade durante o outono e início do inverno de 2023 no Hemisfério Sul.

O La Niña é caracterizado pelas temperaturas mais baixas do que o normal no Oceano Pacífico tropical. No Brasil, ele costuma levar a um crescimento dos volumes de chuva nas regiões Norte e Nordeste e a chuvas abaixo da média na Região Sul, além de uma ligeira diminuição nos valores de temperatura no Sudeste e Sul. O fenômeno está entre as causas das últimas estiagens no Sul do país.

O fim do fenômeno não representa, no entanto, o fim da atual estiagem no Rio Grande do Sul. “A atmosfera não funciona como virar uma chave, logo o término da La Niña não termina a estiagem de imediato. Isso porque a atmosfera ainda responde por um certo tempo ao padrão que predominava, no caso nos últimos três anos, uma vez que este é um evento de La Niña com três anos de duração, que começou ainda em 2020, o que não ocorria há mais de 20 anos”, aponta a meteorologista Estael Sias, da MetSul. A tendência é de que ocorram episódios de chuva mais frequentes, mas apenas em certos períodos.

Durante o período em que esteve ativo, o evento atingiu a categoria de nível moderado em alguns meses de 2021, mas, desde setembro daquele ano, permaneceu com intensidade fraca.

Neutralidade do Oceano Pacífico

Com o fim do fenômeno, as previsões indicam uma transição do La Niña para uma condição de neutralidade nos próximos meses. Essa condição deve permanecer durante o outono e início do inverno.

A longo prazo, há chances de um evento de El Niño entre o final do inverno e início da primavera de 2023. Porém, o Inmet ressalta que quanto mais distante o alcance das previsões, maiores são as incertezas.

La Niña e El Niño

De acordo com o Inmet, o La Niña é um fenômeno oceânico caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais de partes central e leste do Pacífico Equatorial e de mudanças na circulação atmosférica tropical. Já no El Niño ocorre o aquecimento das águas superficiais em áreas do Oceano Pacífico Equatorial.

“Historicamente, as melhores safras agrícolas no Sul do país se dão com El Niño, embora nem sempre, e as perdas de produtividade tendem a ser maiores sob La Niña. O El Niño agrava o risco de seca no Nordeste do Brasil enquanto La Niña traz mais chuva para a região”, lembra Sias.

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Com informações do Inmet e MetSul

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